05/07/2021 - Ensino Religioso, História
“Só acredito vendo”…
Olá Professores
Iniciamos mais um Percurso Pedagógico (veja programação completa clicando aqui), edição dedicada ao volume 3 do Livro Didático, desta vez as lives de História ao tema: Leitura crítica de pinturas, desenhos e gravuras nas aulas de história.
Na live voltada para Professores do Ensino Fundamental Anos Finais fizemos uma breve discussão sobre a temática e exemplificaremos como abordá-las a partir do Livro Didático Integrado do Sistema de Ensino Aprende Brasil, além de fazer sugestões e indicações práticas.
Nosso objetivo ao longo da live é pensar procedimentos de análise de fontes visuais.
Um objeto só se torna documento quando apropriado por um narrador que a ele confere sentido, tornando-o capaz de expressar a dinâmica da vida das sociedades. Portanto, o que nos interessa no conhecimento histórico é perceber a forma como os indivíduos construíram, com diferentes linguagens, suas narrações sobre o mundo em que viveram e vivem, suas instituições e organizações sociais. Nesse sentido, “O historiador não faz o documento falar: é o historiador quem fala e a explicitação de seus critérios e procedimentos é fundamental para definir o alcance de sua fala. Toda operação com documentos, portanto, é de natureza retórica.” (BNCC, 2018, p. 397)
Para esse uso de fontes vamos tomar como premissa a ATITUDE HISTORIADORA apresentada pela BNCC. Os procedimentos da atitude historiadora são: identificação, comparação, contextualização, interpretação e análise.
Identificação: “cada documento exige um instrumental crítico particular, mas a crítica de qualquer documento deve começar pela identificação dos temas e dos argumentos, com ajuda de questões ou problemáticas.” (SCHMIDT; CAINELLI, 2009, p. 123)
Comparação: a fim de auxiliar na comparação do documento histórico, é possível trabalhar com: Biografia do autor do documento; Texto historiográfico sobre evento histórico relacionado ao documento; Outras fontes, como: textos literários, músicas, pinturas, fotografia, etc.
Contextualizar: contextualizar o documento é situá-lo no tempo e no espaço, procurando realizar uma constituição, a mais razoável possível, dos elementos e dos acontecimentos que possibilitem esclarecê-lo” (SCHMIDT; CAINELLI, 2009, p. 122).
Interpretação: o exercício da interpretação – de um texto, de um objeto, de uma obra literária, artística ou de um mito – é fundamental na formação do pensamento crítico. Exige observação e conhecimento da estrutura do objeto e das suas relações com modelos e formas (semelhantes ou diferentes) inseridas no tempo e no espaço. Interpretações variadas sobre um mesmo objeto tornam mais clara, explícita, a relação sujeito/objeto e, ao mesmo tempo, estimulam a identificação das hipóteses levantadas e dos argumentos selecionados para a comprovação das diferentes proposições. (BNCC, 2018, p. 399)
Análise: construir explicações sobre temas, ideias e argumentos apresentados no documento, relacionando-os com a autoria, os objetivos e o contexto da produção; Relacionar a análise do documento com os conteúdos em estudo e com outros documentos históricos.
Para facilitar seu acesso aos recursos indicados disponibilizamos abaixo uma lista indicando onde localizá-los. Veja:
- Quem é quem na foto de Merkel “encarando” Trump durante a cúpula do G7, acesse a reportagem completa clicando aqui.
- Trump recebendo Angela Markel, acesso o vídeo clicando aqui.
- Cinco perspectivas da imagem-símbolo do G7, acesse a reportagem completa clicando aqui.
- Vídeo “Minha mãe visitando o museu“, para acessar o vídeo clique aqui.
- Site Gerador de meme, clique aqui.
- Site Mulher 500, clique aqui.
- Site Dicionário Excluídos da História, clique aqui.
- Indicação de livro: Gandavo, Pero de Magalhães. Tratado da Terra do Brasil: História da Província Santa Cruz, a que vulgarmente chamamos Brasil. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2008. 158 p. (Edições do Senado Federal; v. 100; p. 63-64. O livro pode ser acessado no site Domínio Público, clicando aqui.
Ao longo da live indicamos alguns posts que podem ser localizado aqui no Blog das Assessorias, são eles:
- Dialoga, Brasil! – 13 de maio: presente ou conquista?, para acessar clique aqui.
- Dialoga, Brasil! – Treze de maio e Ensino Religioso, para acessar clique aqui.
- Mão na massa, Brasil! – O que eu vou fazer com essa tal liberdade?, para acessar clique aqui.
Quais temas você gostaria de ver nos próximos encontros? Compartilhe conosco.
*Material produzido em parceria entre: Equipe Assessoria de História e Ensino Religioso e a Professora Daniela Pereira da Silva
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Referências:
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC/SEB, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf>. Acesso em: maio, 2021.
BORGES, Maria Eliza Linhares. História & Fotografia. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011. p. 25
MENEZES, Ulpiano T. Bezerra de. Memória e cultura material: documentos pessoais no espaço público. Revista Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 11, n. 21, p. 89-104, jul. 1998. Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/view/2067>. Acesso em: 23 mar. 2017.