05/05/2021 - Educação Física, Ensino Religioso, História

Racismo: ainda precisamos falar sobre isso?

 

Palavras-chave:

Racismo; Educação antirracista.

 


 

Olá Professores

 

Hoje queremos te convidar para uma reflexão: Você acredita que o racismo existe? Você conhece pessoas racistas? Você é racista?

As duas primeiras perguntas parecem ser mais fácies de responder, não é mesmo? Mas, se reconhecer como racista já é mais difícil.

Reconhecer-se como racista não é se identificar como uma pessoa cruel que odeia pessoas negras e que sempre lhes fará mal (embora saibamos que o ódio exista e o mal que o racismo causa). É inicialmente entender que nascemos e fomos educados em uma sociedade estruturalmente racista, ou seja, fomos educados para reproduzirmos comportamentos racistas.

 

Entenda mais sobre a estrutura do racismo no brasil assistindo o vídeo indicado abaixo:

 

Para assistir ao vídeo clique na imagem ou aqui.

 

Comportamentos estes que muitas vezes são identificados como brincadeira ou piada. Mas, precisamos afirmar que o nome correto é RACISMO, afinal quando um problema não é nomeado, não se tem como combatê-lo.

 

Leia também: 20 de novembro – Dia da Consciência Negra

 

Reconhecer a existência do racismo e identificá-lo no nosso cotidiano exige reflexão e atenção. Atualmente, é possível ouvir pessoas dizendo que atualmente não se tem mais racismo, afinal já “tem negro na faculdade”, “tem negros em cargos de poder”, ou seja, o protagonismo negro passa a ganhar evidencia, então, ainda precisamos falar sobre isso? Sim, precisamos! Pois, o racismo ainda fere, maltrata, exclui e mata.

 

“O racismo é um problema atual e não apenas uma herança histórica, não é apenas um legado da escravidão, que já acabou: o racismo acontece todos os dias, se reproduz cotidianamente e, se o indivíduo não for vigilante, ele acabará contribuindo para essa reprodução e legitimação”.[1]

 

Ainda é possível mencionar que o protagonismo negro incomoda, observe o que acontece com pessoas negras quando estão em evidência.

Portanto, é um assunto que não pode ser apenas discutido, exige ação. “Repensar nossas práticas e adotar o antirracismo no cotidiano é urgente e é uma tarefa de todos nós. Significa trabalhar para que possamos garantir um futuro mais justo e uma vida digna para milhares de pessoas que hoje possuem baixas perspectivas e têm vidas em risco apenas por serem negras”.[2]

O racismo está na estrutura da nossa sociedade, e essa base precisa ser questionada e transformada. E, a educação é essa BASE. Como diz Angela Davis:

 

 

Entendo a importância dessa temática, a Assessoria de Áreas, do Sistema de Ensino Aprende Brasil, desenvolverá, ao longo dos próximos meses, cursos, debates, leituras e propostas de ações que tem como objetivo principal propiciar ampliação na formação dos professores da Educação Básica sobre a Educação das Relações Étnico-Raciais.

 

Fique atento em breve vamos compartilhar a programação completa do evento, assim como continuaremos escrevendo diversos posts para aprofundar nosso debate.

 

Equipe Assessoria de Educação Física, Ensino Religioso e História

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Referências:
[1] Lia Vainer Schucman. Sobre o lugar do branco na luta anti-racista. Publicado em: 25/09/2018. Disponível em: <https://catarinas.info/colunas/sobre-o-lugar-do-branco-na-luta-anti-racista/>. Acesso em: 05 de maio de 2021.
[2] SENAC. Diversidades: Educação antirracismo. Disponível em: <https://www.cursosead.sp.senac.br/antirracismo/page5.html>. Acesso em: 05 de maio de 2021.

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