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31/05/2021 - Educação Infantil

Bebês e CIA –...

Olá, Professores! Como vocês estão? Esta é a cena de um vídeo disponível no Instagram @gemeasdafer, que mostra duas irmãs gêmeas (3 anos) fazendo o experimento de passar um líquido, parece ser suco de uva, de um...

31/05/2021 - Educação Infantil

Bebês e CIA – As emoções no dia a dia dos bebês e das crianças bem pequenas

Olá, Professores!

Como vocês estão?

Esta é a cena de um vídeo disponível no Instagram @gemeasdafer, que mostra duas irmãs gêmeas (3 anos) fazendo o experimento de passar um líquido, parece ser suco de uva, de um recipiente para outro. Nesses últimos dias, o vídeo teve muitas visualizações na rede social e, além da experiência de conservação de quantidade, do trabalho de coordenação motora para pegar os recipientes e servir o líquido, foi possível observar também a forma como as meninas enfrentam os desafios.

Quer assistir ao vídeo? Clique aqui: https://www.instagram.com/p/CO7yDwpBOp6/

Experimentos e brincadeiras como essa são incríveis para o desenvolvimento infantil! Por isso, deixamos nossa dica para que sejam ofertadas situações nas quais as crianças se sintam desafiadas, motivadas a aprender, a testar suas habilidades, pois, dessa forma, vivenciam inúmeros conteúdos, mas também aprendem sobre como lidar com as situações em que algo não sai como o esperado, sobre superação, coragem e respeito às diferenças, pois cada pessoa é única e tem um conjunto de habilidades também único.

Além do trabalho lúdico com os campos de experiências, também são percebidas as competências socioemocionais, que são sentidas e vividas “na vida real” em situações como essas que vimos no exemplo.

Quando os bebês e as crianças bem pequenas têm a oportunidade de experimentar, aprendem e superam seus limites, além de receberem estímulos para aguçar a curiosidade e a criatividade na resolução dos problemas do dia a dia, enquanto aprendem sobre si e desenvolvem o autoconhecimento.

Em vivências como essas, é importante que os adultos preparem o local, cuidando na escolha dos materiais (apropriados a cada idade) e supervisionem a brincadeira, acompanhando, encorajando e ficando ao lado dos pequenos. Esse olhar e apoio são fundamentais para a criança se sentir segura e confiante para seguir com suas descobertas e aprendizagens.

Em que outras situações podemos trabalhar novas habilidades e desenvolver a inteligência emocional?

Compartilha conosco suas experiências aqui nos comentários! Vamos gostar de saber!

Um abraço,

Equipe da Assessoria de Educação Infantil Aprende Brasil

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28/05/2021 - Língua Inglesa

Gamificação na aul...

A ideia de utilizar elementos ou mecanismos de jogos em atividades ou ações com o objetivo de torná-las mais interessantes e envolver os participantes está ligada à gamificação. “Existem 1000 maneiras de prepara...

28/05/2021 - Língua Inglesa

Gamificação na aula de língua inglesa

A ideia de utilizar elementos ou mecanismos de jogos em atividades ou ações com o objetivo de torná-las mais interessantes e envolver os participantes está ligada à gamificação.

“Existem 1000 maneiras de preparar Neston, invente uma!”

Assim o Neston te convidava a inventar, criar, brincar e consumir. Nos anos 90, ficávamos encantados com as propagandas da TV aberta. E os slogans ficavam carinhosamente memorizados.

Quando as crianças se divertiam ao tomarem Neston, cantando e dançando na campanha, nos convidando a inventar e criar, estavam utilizando recursos da gamificação, propondo aquela aventura, aquele papel divertido.  E passávamos a cantar, memorizar, comprar e inventar alguma receita com o Neston. Da mesma forma, compramos hoje Bubble tea e vamos colecionando carimbos para ganharmos mais um na próxima compra. Ou registramos a presença em uma loja na rede social, e convidamos amigos para concorrermos a uma cesta de café da manhã.

Agora, vamos considerar essas estratégias de envolvimento no contexto da sala de aula. Observe a definição de gamification:

Gamificar a aula, usar a gamificação para ensinar inglês ou qualquer outro componente, não é simplesmente trazer jogos para a aula. Mas considerar o uso de elementos ou mecanismos relacionados a jogos para ensinar, para fazer com que o aluno aprenda de modo mais criativo e envolvente. São elementos que podem fazer parte do planejamento e caracterizam a gamificação: pontos de bônus, objetivos a alcançar em determinada atividade, regras a serem cumpridas, acaso ou sorte – como sorteio, possibilidade de escolhas nas atividades, desafios para responder, buscar informação ou criar algo, narrativas com suspense e surpresa, interação, trabalho cooperativo em equipes.

Vamos considerar alguns benefícios da gamificação:

  • Os alunos trabalham juntos em equipe
  • É um recurso colaborativo
  • Há interação
  • Alunos elaboram respostas rapidamente
  • Alunos revezam para participar
  • Alunos memorizam palavras mais facilmente
  • Aprendem em contexto
  • Há diversão

 

Então, aproveitando o Neston te desafio, professor:

Existem 1000 maneiras de gamificar a sua aula. Invente uma!

Take care, dear teachers!

Assessoria de Língua Inglesa

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28/05/2021 - Língua Portuguesa

Mentimeter – u...

Olá, Professor(a)! Tudo bem? Esperamos encontrá-lo(la) bem e em segurança! Você já conhece o Mentimeter? Um recurso digital que permite interação em tempo real e que é muito legal (e útil) para ser utilizado com...

28/05/2021 - Língua Portuguesa

Mentimeter – uma ferramenta incrível para suas aulas (tutorial)

Olá, Professor(a)! Tudo bem? Esperamos encontrá-lo(la) bem e em segurança!

Você já conhece o Mentimeter? Um recurso digital que permite interação em tempo real e que é muito legal (e útil) para ser utilizado com os alunos (eles vão amar!).

Permite que você construa enquetes para uma votação, por exemplo; quiz para verificação de conhecimentos; nuvem de palavras; questões abertas etc. E o que é mais bacana é justamente a possibilidade de já apresentar/compartilhar os resultados na medida em que ocorre a participação. Para usar numa aula, você pode coletar informações prévias para organizar seu planejamento e fazer um trabalho mais direcionado, de acordo com aquilo que foi levantado; pode testar o conhecimento dos alunos ao término de uma aula e já conseguir verificar se houve apreensão daquilo que foi debatido ou se será necessário retomar; pode usar como uma atividade lúdica em que os alunos são desafiados com questões a serem pensadas em pequenos grupos; também pode aproveitar como recurso para ampliação de repertório a partir de um tema – pedindo que eles coloquem palavras conectadas ao que está sendo discutido e, com a nuvem de palavras construída, pode ser realizada uma grande roda de conversa – e até a elaboração de um mapa mental a partir disso depois… são inúmeras possibilidades! Vale a pena conhecer e explorar!

Trazemos aqui um breve tutorial de como usar o Mentimeter, baixe e aproveite:

Elaborado pela Assessoria de Língua Portuguesa da Editora Aprende Brasil

 

Gostou da ideia de aproveitar o Mentimeter em suas aulas? Já usou? Conte aqui para nós como foi essa experiência!

 

Até breve!

Assessoria de Língua Portuguesa

linguaportuguesa@aprendebrasil.com.br

 

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27/05/2021 - Geografia

Geografia, gênero e...

Olá professora! Olá professor!! Você sabia que com a pandemia ficou ainda mais evidente as diferenças entre os gêneros? O fato é que a maior parte das mulheres, especialmente as mães, têm apresentado aumento de s...

27/05/2021 - Geografia

Geografia, gênero e pandemia: uma reflexão necessária

Olá professora! Olá professor!!

Você sabia que com a pandemia ficou ainda mais evidente as diferenças entre os gêneros? O fato é que a maior parte das mulheres, especialmente as mães, têm apresentado aumento de sintomas associados a  fadiga e a ansiedade. Isso ocorre por conta do acúmulo das tarefas domésticas, dos cuidados com os filhos e do trabalho remunerado.

A Organização Feminista SempreViva, aponta que dentro desse universo, há também diferenças. As mulheres que têm sentido mais o excesso, são em geral, brancas, vivem nas áreas urbanas, possuem curso superior e estão na faixa dos 30 anos, ou seja, fazem parte da camada privilegiada da população, pois antes, o serviço doméstico era terceirizado. Com a pandemia e o isolamento social, esse distanciamento se fez necessário, deixando ainda mais evidente, as desigualdades sociais, pois os afazeres domésticos passam a ser feitos por mulheres quem antes pagavam por eles.

Esse assunto está presente nas competências gerais da BNCC:

  • Empatia e cooperação
  • Responsabilidade e cidadania

Atualmente, este assunto é de extrema importância, pois a desigualdade de gênero torna-se ainda mais evidente quando analisamos as populações de baixa renda. E quando falamos em trabalho doméstico, devemos sempre lembrar que deve ser ensinado para todos, independente do gênero e desde criança, como mostra a imagem do nosso livro do 1o. ano/2o. volume/p.12.

 

 

 

 

 

 

 

 

Este assunto pode ser trabalhado ao longo de todo o Ensino Fundamental.  Além disso,  é possível relacionar o conteúdo do LDI à realidade, o que pode contribuir para uma aprendizagem significativa.

O que achou deste post? Deixe seu comentário.

Equipe Assessoria de Geografia

Sempre que precisar entre em contato conosco: geografia@aprendebrasil.com.br
Siga nossas redes sociais: @aprendebrasil

Grande abraço e até o próximo post!

Equipe Assessoria de Geografia

Referências:
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC/SEB, 2018. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em:  25 março de 2020
80% das mães brasileiras se sentem cansadas com a vida doméstica na pandemia. Entre pais, índice é de 48%. El País, 2021. Disponível em <https://brasil.elpais.com/brasil/2021-05-11/80-das-maes-brasileiras-se-sentem-cansadas-com-as-responsabilidades-domesticas-na-pandemia-entre-pais-indice-e-48.html>. Acesso em 27 mai. 2021

 

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26/05/2021 - Ensino Religioso, História

Mão na massa, Brasi...

  Palavras-chave: Legislação, democracia racial, proposta pedagógica. Segmento/ano: Ensino Fundamental.   Olá, professores!   No último post falamos sobre o dia 13 de maio e o porquê ele não é cons...

26/05/2021 - Ensino Religioso, História

Mão na massa, Brasil! – O que eu vou fazer com essa tal liberdade?

 

Palavras-chave:

Legislação, democracia racial, proposta pedagógica.

Segmento/ano:

Ensino Fundamental.

 


Olá, professores!

 

No último post falamos sobre o dia 13 de maio e o porquê ele não é considerado o dia da consciência negra. Destacamos o contexto histórico da abolição e a falta de políticas públicas de inclusão das populações negras na sociedade no pós libertação. Para ler o post clique AQUI.

 

Uma das muitas falhas da lei áurea é falta de propostas de integração dos grupos negros na sociedade em todas as esferas (social, política, econômica, etc.) depois da libertação. Isso gerou a desigualdade no acesso de pretos a espaços essenciais para viver de forma digna, como escolas e universidades. Já libertos, as pessoas pretas não tinham local e condições de moradia digna, levando ao surgimento dos cortiços e favelas, e a vivência na vulnerabilidade socioeconômica que persiste ainda hoje.

 

Na busca por uma igualdade não concedida, os movimentos negros surgem com muitos objetivos, entre eles o de reivindicar acesso a espaços antes negados, respeito a transmissão a História e cultura negra e visibilidade social para suas pautas. É a partir dessas lutas que surgem leis importantes para a educação básica e para a vida dos nossos estudantes.

 

No que se refere a questão étnico-racial, é possível destacar a Lei 10639/03 e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana do Parecer Normativo 003/2004. Ambas buscam inserir os temas africanos e afro-brasileiros no cotidiano escolar de forma respeitosa e não estereotipada, além de desenvolver a consciência racial dos estudantes.

 

Além delas, a Lei 12.711/2012, que define os parâmetros para aplicação das cotas, anda na direção de buscar uma igualdade no acesso à educação por grupos não-brancos. Ela é uma medida a curto prazo, para resolver uma questão emergencial, e vem demonstrando resultados positivos.

 

Ambas as leis citadas já estão em vigor a alguns anos. Portanto, além de ter a garantia jurídica de que os temas étnico raciais estão sendo debatidos no espaço escolar, como educadores precisamos nos perguntar como esses temas estão chegando para nossos estudantes e qual a percepção deles sobre os assuntos. Isso é essencial para que saibamos quais os pontos frágeis dessa discussão na educação básica e como contorná-los.

 

Vamos deixar a indicação para vocês de uma pesquisa realizada por dois professores de Ponta Grossa, no Paraná, que apresenta alguns dados interessantes sobre o tema. Acesse ao texto Articulação entre passado e presente a partir da compreensão do 13 de maio e do 20 de novembro por estudantes, clicando AQUI. Os professores debatem a questão da igualdade racial e da existência de cotas raciais no Brasil com estudantes da educação básica. Um dos resultados marcantes na pesquisa é que existe uma grande reprodução da ideia de democracia racial e meritocracia do discurso dos discentes.

 

Para o Ensino de História, isto pode ser indicativo de duas fragilidades dos estudantes para realizar os debates previstos em lei de forma consistente:

 

  1. Carência de conhecimentos históricos sobre a Histórias das populações negras
  2. Dificuldade de articular passado-presente, entendendo justamente o impacto do pós abolição na vida dos pretos no Brasil

 

Hoje vamos sugerir uma atividade que visa ser um primeiro passo para combater essas duas fragilidades, um trabalho que deve ocorrer ao longo de todo o ano escolar. Abaixo você professor terá acesso a um documento, sugerimos que você abra o PDF e baixe em seu computador ou celular para melhor visualização.

 

 

Para baixar a apresentação completa clique na imagem ou aqui.

 

 

Note que há nele uma trilha a ser seguida, que passa por diversas imagens, de pinturas à fotografia. Essa trilha apresenta imagens para debate de diversos temas da questão étnico-racial no Brasil no pré e no pós abolição. A intenção é que pelas análises das obras os conhecimentos históricos sejam debatidos com nossos estudantes a partir da ideia de continuidades rupturas da causa racial na História do Brasil. Há em cada imagem pontos destacados que seriam interessantes de serem analisados. A intenção é explorar o material em conjunto com os discentes 🙂

 

Habilidades mobilizadas (BNCC):

  • (EF08HI20) Identificar e relacionar aspectos das estruturas sociais da atualidade com os legados da escravidão no Brasil e discutir a importância de ações afirmativas.
  • (EF09HI03) Identificar os mecanismos de inserção dos negros na sociedade brasileira pós-abolição e avaliar os seus resultados.
  • (EF09HI04) Discutir a importância da participação da população negra na formação econômica, política e social do Brasil.

 

Dica: AmarElo – É Tudo Pra Ontem I Documentário Netflix

Para assistir ao trailer oficial clique na imagem ou aqui.

 

O documentário AmarElo – É tudo pra ontem realiza uma retrospectiva histórica dos grupos negros no Brasil antes da abolição e dos resultados da ausência de políticas públicas para inserção dessas populações na dinâmica social do pós abolição. Explora de forma histórica personagens e eventos interessantes de serem debatidos no espaço escolar!

 

*Texto escrito em parceria entre: Equipe Assessoria de História e Ensino Religioso e a Professora Daniela Pereira da Silva

Sempre que precisar entre em contato conosco: historia@aprendebrasil.com.br
Siga nossas redes sociais: Instagram @aprendebrasil / YouTube: Sistema Aprende Brasil

 

 


Referências:
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC/SEB, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf>. Acesso em: abril  de 2021.
_________. Lei nº. 10.639 de 09 de janeiro de 2003. Inclui a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-brasileira” no currículo oficial da rede de ensino. Diário Oficial da União, Brasília, 2003.
_________. Parecer nº CNE/CP 003/2004, aprovado em 10 de março de 2004. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Relatora: Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva. Ministério da Educação. Brasília, julho de 2004.
 _________. Conselho Nacional de Educação. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Brasília, 2004.
CERRI, Luis Fernando; JANZ, Rubia Caroline. Articulação entre passado e presente a partir da compreensão do 13 de maio e do 20 de novembro por estudantes. Diálogos-Revista do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História, v. 21, n. 2, p. 99-112, 2017.
SCHWARCZ, Lilia Moritz; STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia: Com novo pós-escrito. Editora Companhia das Letras, 2015.

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25/05/2021 - Matemática

Sugestão de Ativida...

Olá, professor! Tudo bem? Você já ouviu falar em Educação antirracista? Você já pensou em como as aulas de Matemática podem contribuir com esse trabalho? Pois é, nesta postagem iremos apresentem algumas possibil...

25/05/2021 - Matemática

Sugestão de Atividade de Matemática

Olá, professor!

Tudo bem?

Você já ouviu falar em Educação antirracista? Você já pensou em como as aulas de Matemática podem contribuir com esse trabalho? Pois é, nesta postagem iremos apresentem algumas possibilidades, vamos conosco?

Então, de acordo com informativo publicado pelo IBGE*, em 2019, as populações de cor ou raça preta ou parda correspondiam a 55,8%** dos brasileiros, mas essa distribuição da população não se mantém quando se analisa alguns indicadores sociais como questões referentes ao mercado de trabalho ou distribuição de renda.

No infográfico acima podemos observar que a distribuição racial nos cargos gerenciais não é proporcional à distribuição populacional por cor ou raça. O mesmo acontece quando observamos a quantidade de treinadores de futebol negros em relação à quantidade de jogadores negros.

A pesquisa do IBGE também revelou que o rendimento médio mensal da população preta ou parda é menor do que da população branca. Mesmo considerando a renda média entre os diferentes níveis de escolaridade a desigualdade permanece, veja nos infográficos abaixo.

Para ver em tamanho maior, clique AQUI.

Os dados apresentados corroboram com a existência de um racismo institucional nas organizações.

Para Jaccoud (2009) o racismo institucional não se expressa em atos manifestos, explícitos ou declarados de discriminação (como poderiam ser as manifestações individuais e conscientes que marcam o racismo e a discriminação racial, tais quais reconhecidas e punidas pela Constituição brasileira). Mas ao contrário, atua de forma difusa no funcionamento cotidiano de instituições e organizações, que operam de forma diferenciada na distribuição de serviços, benefícios e oportunidades aos diferentes segmentos da população do ponto de vista racial.

Lançar luz sobre essa questão nos permite compreender melhor a realidade social que nos cerca e com essa consciência promover ações que contribuam para o desenvolvimento da cidadania e transformação da sociedade.

Mas e o que a matemática tem a ver com isso?

O tratamento de dados (estatística) é trabalhado dentro do componente curricular matemática desde os anos iniciais do ensino fundamental visando desenvolver habilidades para coletar, organizar, representar, interpretar e analisar dados em uma variedade de contextos, de maneira a fazer julgamentos bem fundamentados. Isso envolve reconhecer, interpretar e construir gráficos e tabelas em variados contextos.

As aulas de matemática também devem ter o compromisso com o desenvolvimento de algumas competências específicas como:

Desenvolver o raciocínio lógico, o espírito de investigação e a capacidade de produzir argumentos convincentes, recorrendo aos conhecimentos matemáticos para compreender e atuar no mundo (BRASIL, 2018,p.267).
Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos presentes nas práticas sociais e culturais, de modo a investigar, organizar, representar e comunicar informações relevantes, para interpretá-las e avaliá-las crítica e eticamente, produzindo argumentos convincentes (BRASIL, 2018, p.267).

Dessa forma, podemos planejar uma aula de matemática envolvendo o tratamento de dados e a desigualdade racial no Brasil. Lembrando que esse tipo de trabalho visa o desenvolvimento não somente de habilidades e competências da matemáticas, mas também o desenvolvimento do pensamento crítico e o preparo para o exercício da cidadania.

Vale ainda ressaltar que essa proposta é uma boa oportunidade para trabalhar de forma interdisciplinar com outras áreas do conhecimento.

Na sequência você poderá baixar uma sugestão de atividade que elaboramos pensando nessa proposta. O encaminhamento apresenta uma possibilidade e serve para inspirá-los, fiquem a vontade para editar, recortar e fazer as adaptações que considerem conveniente.

Clique AQUI e baixe a atividade.

O Sistema Aprende Brasil está promovendo o evento online – Reflexões sobre práticas pedagógicas: Caminhos para uma educação Antirracista – Clique AQUI para Saber Mais.

* O IBGE pesquisa a cor ou raça da população brasileira com base na autodeclaração. Ou seja, as pessoas são perguntadas sobre sua cor de acordo com as seguintes opções: branca, preta, parda, indígena ou amarela.
** De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2019, 42,7% dos brasileiros se declararam como brancos, 46,8% como pardos, 9,4% como pretos e 1,1% como amarelos ou indígenas.

REFERÊNCIAS:

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília – DF, 2018.
IBGE. Coordenação de População e Indicadores Sociais <https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101681_informativo.pdf> Acesso em 18 de maio de 2021.
LOPEZ, L.C. O conceito de racismo institucional. Disponível em:
<https://www.scielo.br/pdf/icse/v16n40/aop0412.pdf> Acesso em 18 de maio de 2021.
JACCOUD, L. (Org.). A construção de uma política de promoção da igualdade racial: uma análise dos últimos 20 anos. Brasília: Ipea, 2009.
MENDONÇA, R. Técnicos negros sofrem para quebrar preconceito e ganhar espaço no futebol. Disponível em:
<https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/11/141111_racismo_tecnicos_futebol_rm> Acesso em 18 de maio de 2021.
PEREIRA, J. Dia da consciência negra: o esporte no Brasil como espelho do racismo estrutural. Disponível em:
<https://www.otempo.com.br/superfc/outros/dia-da-consciencia-negra-o-esporte-no-brasil-como-espelho-do-racismo-estrutural-1.2415367> Acesso em 18 de maio de 2021.
SANT, L e MENDES, L. Observatório da Discriminação Racial no Futebol. Disponível em:
<https://observatorioracialfutebol.com.br/numero-baixo-de-tecnicos-negros-e-mais-uma-face-do-racismo-velado-no-futebol-brasileiro/ > Acesso em 18 de maio de 2021.

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