Mão na massa, Brasil! – História local na temática indígena
Palavras-chave:
História local, indígena, História do tempo presente.
Segmento/ano:
Ensino Fundamental.
Olá, professores!
Na postagem anterior falamos sobre a importância de não esvaziar a arte indígena da complexidade de suas produções e significados para diferentes etnias. Para ler o post clique AQUI. Hoje vamos propor uma prática pedagógica sobre os povos originários, atrelada à História local.
Falar de povos indígenas de maneira generalizada pode levar a visão errada de que as 200 etnias indígenas presentes no Brasil hoje possuem características iguais. Como os povos originários estão presentes em todas as regiões do país e carregam traços culturais que estão ligados a natureza a sua volta (como as tintas produzidas com frutos locais e os cocares com penas de aves) suas características variam junto com a região.
Esse fato torna a temática indígena um conteúdo potencial para ser trabalhado no ambiente escolar através da História local. Além de atender às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular – BNCC frente ao estudo de grupos sociais partindo da família, do bairro e da cidade, a História local é uma importante forma de compreensão das subjetividades de cada região do país, além de uma importante aliada para construção da identidade dos estudantes.
Esse tipo de pesquisa histórica pode ser sobre o local onde o pesquisador se encontra ou o local de onde a pesquisa vai partir. Ela deve abranger características do espaço e dos sujeitos presentes nele, sendo esses representados em sua diversidade étnica. A História local atrelada a História do tempo presente é uma potencial união quando tratamos de povos indígenas, pois comumente esses grupos são reduzidos a uma narrativa do passado, como se não estivessem presentes enquanto sujeitos históricos ativos na atualidade.
Partindo desse debate, que tal convidar seus educandos a pesquisar sobre os grupos indígenas presentes na região em que eles moram ou nas proximidades dela? Realizar uma pesquisa histórica sobre as etnias presentes em seu bairro, cidade ou estado faz com que eles entendam que as narrativas históricas presentes no livro didático são produzidas por alguém e podem ser enriquecidas por eles no papel de sujeitos sócio-históricos e pesquisadores, pois carregam marcas específicas do local onde vivem.
O resultado dessa pesquisa pode ser apresentado por exemplo em forma de vídeo, utilizando ferramentas como o tik tok (https://www.tiktok.com/pt-BR), ou de exposição de fotografias e desenhos, utilizando sites como Behance (https://www.behance.net/). Vale lembrar que é essencial que eles se baseiem na condição básica da produção do conhecimento histórico: o uso de fontes, sejam elas escritas, visuais, orais…
O importante é se fazerem presentes! (temos uma postagem sobre fontes históricas aqui no blog, você pode ler ela clicando AQUI).
Como sugestão simples de uma forma para apresentação dos informações coletadas na pesquisa, deixamos abaixo um exemplo de modelo de infográfico:
Práticas como essa colaboram para romper a percepção que os sujeitos indígenas estão presentes na sociedade somente pelo estereótipo que os distanciam: vivendo nas aldeias, com cabelos lisos, sem roupa, etc. É necessário romper essa algumas barreiras identitárias e aproximar os educandos da temática indígena!
Compartilhe conosco um pouco sobre a sua prática!
Habilidades mobilizadas (BNCC):
- EF03GE02 Identificar, em seus lugares de vivência, marcas de contribuição cultural e econômica de grupos de diferentes origens.
- EF69AR34 Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas
- EF05ER05 Identificar elementos da tradição oral nas culturas e religiosidades indígenas, afro-brasileiras, ciganas, entre outras.
*Texto escrito em parceria entre: Equipe Assessoria de História e Ensino Religioso e a Professora Daniela Pereira da Silva
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Referências:
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC/SEB, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf>. Acesso em: abril de 2021.
FERREIRA, Marieta de Morais; OLIVEIRA, Margarida Maria Dias de. Dicionário de Ensino de História. Editora FGV, 2019.
Portal UFPA. Página Inicial. Disponível em: <https://www.portal.ufpa.br/index.php/ultimas-noticias2/9573-pinturas-corporais-indigenas-sao-marcas-de-identidade-cultural>. Acesso em: 20 de abril de 2021.
RIBEIRO, Maristela Maria. Grafismo indígena. 2012.
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