Vamos brincar e aprender? Gêneros textuais: bilhete e convite
Olá, professor, olá professora! Tudo bem? Esperamos encontrá-lo(la) bem e em segurança!
Hoje nossa dica é para trabalhar com os pequenos, especialmente no momento da alfabetização, nesse momento de aulas remotas (e também é possível usar, depois, nas aulas presenciais). Mas, como vamos partir de gêneros textuais que fazem parte do cotidiano, as propostas podem ser adaptadas para outros anos também, ok! Basta inserir mais alguns desafios, de acordo com a faixa etária e nível em que se encontram – explorar outros elementos.
A ideia aqui é partir dos gêneros textuais bilhete e convite, explorando-os no dia a dia e, também, de forma lúdica. Mas você pode trabalhar outros gêneros textuais (sempre é possível fazer alterações, adequações, complementações, de acordo com nossos objetivos e contexto).

Então, anotem aí algumas possibilidades…
**Gênero textual: Bilhete**
- De acordo com o momento do processo de alfabetização em que seus alunos se encontram, convide-os a escreverem bilhetes, direcionados às pessoas de suas casas, com alguns lembretes importantes para este momento de pandemia. Você pode propor algumas frases e também pode pedir que eles sugiram outras mais (Não saia de casa sem a máscara! / Lave bem as mãos sempre! / Já lavou as mãos hoje? / Só saia se for realmente necessário! / Use álcool em gel! / Gosto muito de você, por isso se cuide! / Vamos cuidar uns dos outros – não traga o vírus para nossa casa! / Proibida a entrada de coronavírus nesta casa! etc.). Dependendo do momento em que estão, você pode mandar um áudio com algumas frases para que eles ouçam e as escrevam (depois você pode enviar uma foto das frases para que eles confiram a escrita e, se necessário, façam as correções); mas também é possível mandar já escrito para que eles as reproduzam, prestando atenção no traçado de cada letra (também pode aproveitar o momento para explorar os diferentes tipos de letras aqui).
- Também é legal envolver a família/responsáveis (se houver possibilidade): pedir que escrevam bilhetes para as crianças e os deixem pela casa, com alguns recados, desafios, atividades. Por exemplo: “Não se esqueça de arrumar sua cama” / “Se você ler um poema para mim, ficarei muito feliz!” / “Já escovou seus dentes?” / “Pode trazer um copo de água para mim, por favor?” / “Você é muito especial e merece um abraço – me procure para receber” etc.
- Incentivar que as crianças escrevam bilhetes espontâneos, de acordo com as necessidades/momentos/contextos, também ajuda bastante no processo de alfabetização (porque eles sabem o que querem dizer, mas talvez não saibam exatamente como escrever). Neste momento, elas podem pedir auxílio para você ou para os colegas (de acordo com a forma de contato que vocês estão estabelecendo) e também para as pessoas de seu convívio. O dicionário ajuda muito neste momento (se, é claro, os alunos tiverem um em casa à disposição e/ou se tiverem acesso a dicionários on-line).
- Se houver possibilidade de encontros virtuais com a turma, você pode pedir que cada um escreva um bilhete direcionado para alguém da turma, com algo que queira dizer a esta pessoa neste momento e, na aula virtual, peça que leiam seus bilhetes (prepare-se para se surpreender e também deixe um lenço a postos, em caso de emoções!). Mais uma vez, de acordo com o contexto, este bilhete pode ser enviado realmente (caso alguém saia de casa e tenha possibilidade de entregá-lo ou deixar em algum lugar para que os pais/responsáveis dos outros alunos possam ir buscar – tudo depende da realidade da sua turma e como você vai organizar estas trocas).
- Se for o caso de uso de ferramentas digitais, pode ser usado o Padlet – mural virtual (www.padlet.com) para esta troca de bilhetes também (assim é legal que todos conseguem ver a participação de todos).
- E, claro, depois de muitas vivências com o bilhete (lendo, escrevendo, enviando e recebendo), tenha um momento de retomar com as crianças a intencionalidade/função social deste gênero, seu contexto de uso, forma de escrita etc.
**Gênero textual: Convite**
- Comece enviando a seus alunos um convite para que eles participem de um encontro virtual (uma aula on-line, se for possível) ou para que eles pesquisem algo, ou ainda para um momento, em casa, de estudo e diversão. Construa um bilhete, com todos os elementos necessários (destinatário, evento, data/local/hora, remetente), e envie para eles (pode ser via plataforma ON, google classroom, e-mail, whatsapp, por correio ou deixando em algum lugar para ser retirado). A ideia é que eles recebam um convite e possam apreciar sua estrutura, elementos, finalidade etc.
- Se for possível o encontro virtual (que será realizado, na data/horário/local informados no convite enviado), planeje um momento leve para falar sobre este texto (convite), mas, antes, deixe que eles falem sobre como receberam o convite, se gostaram, se já haviam recebido outros antes etc. Também pergunte se eles têm outros convites em casa e peça que comparem para que observem se há diferenças, quais são e por que elas existem. Também aproveite para apresentar outros modelos de convites (dependendo do contexto também é possível pedir que os próprios alunos pesquisem e apresentem outros modelos aqui).
- Este momento de discussão sobre o gênero convite também pode ser gravado e enviado via whatsapp, se for o caso, ou disponibilizado dentro da plataforma ON (criando uma atividade e adicionando o vídeo lá).
- É importante propor um momento de construção de convite – mas precisa ser para algo real, que faça sentido, para que, a partir disso, os alunos possam entender todos os elementos necessários para a construção desse texto. Então, pense (e/ou peça a colaboração da turma para decidirem juntos) em um evento da cidade, da escola, algo da turma para que eles construam um convite. Você também pode criar um evento (on-line) para a turma e pedir que eles convidem os familiares/amigos para participarem (pode ser um momento em que eles vão fazer a apresentação de algum trabalho desenvolvido, fazer a leitura de um poema, conversar sobre os cuidados necessários nesta pandemia, enfim, são muitas possibilidades). E destaque com eles todos os elementos necessários para a construção desse convite e os deixe livres para usar a criatividade (com certeza, mais uma vez, você irá se surpreender!).
- No caso, de estar no processo de alfabetização ainda bem inicial, as crianças podem receber o modelo do convite para que os reproduzam (praticando o traçado das letras e seus diversos formatos). Também podem contar com a ajuda de alguém em casa (se for possível) para que ajudem na escrita. E também pode ser explorado o convite oral (destacando os elementos que o compõem).
- E, depois da exploração do convite (praticando, recebendo, enviando), tenha aquele momento para conversar sobre a importância desse texto, sua função social, sua estrutura, sua forma de composição – de acordo com o objetivo/contexto/público-alvo etc.
E, então, gostou das dicas? Tem alguma outra proposta para explorar os gêneros bilhete e convite? Compartilhe suas ideias conosco aqui nos comentários – vamos fazer deste espaço um ambiente de troca e aprendizagens! Contamos com vocês!
Até breve!
Assessoria de Língua Portuguesa
linguaportuguesa@aprendebrasil.com.br
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Gostei muito das ideias espero ter oportunidades para por em prática essas ideias.
A dica foi excelente!
Que bom que gostou!
Gostei da dica. Aplicarei com meus alunos !
Nos conte depois como foi!