31/07/2018 - Língua Portuguesa
Por dentro da BNCC…
Olá, profes, tudo bem?
No post de hoje vamos iniciar uma conversa que ainda será tema das nossas próximas postagens: a BNCC e a nossa sala de aula!
Homologada no final de 2017, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) traz à tona algo que há pelo menos duas décadas é tido como um consenso no terreno das discussões acerca do ensino da Língua Portuguesa, mas que, na prática, infelizmente, parece ainda estar distante da realidade de muitas salas de aula brasileiras: a centralidade do texto.
Para entendermos um pouco mais sobre como os pressupostos do ensino da Língua Materna estão compreendidos na BNCC, compartilhamos nossas leituras acerca desse texto normativo (e esperamos receber as contribuições de vocês também), a fim de pensarmos uma aprendizagem mais significativa junto aos nossos estudantes.
Como ponto de partida, vamos voltar o nosso olhar para a Área de Linguagens, na qual a Língua Portuguesa encontra-se inserida. Vamos lá?!
Área de Linguagens e BNCC
Sabemos que uma das definições mais complicadas de estabelecermos no terreno das Letras é a própria definição de Linguagem. Todavia, considerando os estudos desenvolvidos por Saussurre, considerado o fundador da linguística moderna, temos que “Linguagem” corresponde à capacidade humana abstrata de se comunicar, a qual se concretiza, nos seres humanos, a partir das línguas naturais e por meio de outras formas de expressão como a linguagem corporal, visual, sonora e, mais recentemente, a linguagem digital.
Dentro dessa perspectiva, a BNCC entende que as Linguagens correspondem a maneiras de interação dos seres humanos consigo e com os outros, e, por isso mesmo, são reconhecidas como objetos de conhecimento presentes nos componentes curriculares que constituem a Área de Linguagens, a saber: Arte, Educação Física, Língua Inglesa (nos anos finais do Ensino Fundamental) e Língua Portuguesa.
Segundo a Base, nos anos iniciais, cabe à Área de Linguagens propiciar práticas de linguagem relativas às culturas infantis. Por sua vez, aos anos finais do Ensino Fundamental cabe a “ampliação das práticas conquistadas no Ensino Fundamental I”, bem como o aprofundamento das práticas de linguagem.
Sendo assim, são estabelecidas seis competências específicas para a Área, no que diz respeito ao Ensino Fundamental:
Quanto à Língua Portuguesa propriamente dita, a BNCC resgata a ideia de que a centralidade do ensino de língua materna deve estar assentada no texto, alicerçada na perspectiva enunciativo discursiva da linguagem.
E o que isso significa?
É o que discutiremos em nosso próximo post!!!
- O que você, prof, já leu sobre isso??? Deixe seu comentário ou envie a sua contribuição para nossa próxima publicação =] Contamos com vocês!!!
Ótimas leituras e até lá!